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Atenção para o Sarampo.

Por Prof. Dr. Mauro Fisberg

Hoje em dia existe uma moda bastante perigosa para as crianças: a moda de não vacinar os filhos, baseada em pensamentos divulgados pela Internet. Nos Estados Unidos, a coisa é tão alarmante que séries ficcionais de TV já abordaram o problema, com enredos que questionam até que ponto essa decisão deve ser individual. Sim, porque uma criança não vacinada que adquire uma doença contagiosa vai levar essa doença para as outras crianças com quem convive, na escola, na creche, no parque, em qualquer lugar. Muitas vezes, o que se vê é o ressurgimento de moléstias que já pareciam estar distantes da realidade atual.

Por outro lado, quem recebe a vacina contra a poliomielite (paralisia infantil) também espalha vírus atenuados que terminam por combater os vírus selvagens da doença.

Mesmo assim ainda há quem se recuse a vacinar as crianças e encontramos também essa posição em algumas correntes da Homeopatia.

O Sarampo é uma dessas moléstias, que a criança contagiada vai levar a toda parte e que se pensava estar quase completamente erradicada.

Vírus responsável, nos séculos anteriores, pela morte de tribos inteiras de indígenas brasileiros, (que entravam em contato com os brancos pela primeira vez e não tinham imunização natural contra doenças que até então eram inexistentes entre eles) ele se chama Morbillivirus, nome bastante sugestivo.

Só o ser humano pode hospedá-lo e o contágio acontece através de gotículas infectadas. Um espirro pode ser fatal.... Atualmente, a incidência é baixa justamente pelo sucesso das campanhas de vacinação. No entanto, esse novo hábito de não vacinar as crianças pode fazer com que essa incidência, de repente, cresça, como tem acontecido com outras doenças infecciosas. Quando ocorre, o sarampo pode se apresentar como uma doença bastante grave.

Então é bom saber algumas coisas:

- Período de incubação de 8 a 12 dias, mas a pessoa infectada passa a transmitir o vírus de 1 a 2 dias ANTES do aparecimento dos sintomas. - E esses são: febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e, depois, as famosas “pintas” vermelhas que aparecem pelo corpo todo.

Podem acontecer complicações e elas são bastante preocupantes, como: - encefalite aguda, com dano cerebral permanente (1 em cada 100 casos), - otite média;

- broncopneumonia;

- laringotraqueobronquite;

- diarreia.


Nos Estados Unidos, 1 a 3 casos, em cada 1000, levam à morte.

O que acontece hoje, em nosso meio, é que, como a doença quase desapareceu, médicos, pais, professores, cuidadores, têm maior dificuldade de identificar os sintomas, o que levaria a um diagnóstico mais eficaz.

Mas a vacina está aí e é indicada para crianças acima de 1 ano de idade. Na vigência da atual epidemia esta indicada também a vacinação de adolescentes e adultos jovem.


Vacine seu filho.

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