Independentemente do tipo de vitimização de assédio moral, as experiências de bullying na infância estão associadas a riscos de ideação suicida – pensamentos suicidas –, planos ou tentativas de suicídio.
Pesquisas científicas já documentaram associações entre bullying na infância com comportamentos suicidas no futuro. No entanto, muitos não conseguiram ajustar os fatores de risco concomitantes e nenhum investigou essa relação no serviço militar, visto que, os soldados norte-americanos têm maiores taxas de suicídio comparados com a população em geral. Para saber mais sobre o assunto, um estudo publicado pela revista científica Depression and Anxiety, examinou a relação entre o bullying na infância e o comportamento suicida em 30.436 soldados do exército dos Estados Unidos.
Todos os participantes preencheram um inquérito sobre pensamentos recorrentes de morte (ideação suicida, planos ou tentativas de suicídio) e adversidades na infância, incluindo dois tipos de vitimização/agressão: Física (agressão e roubo) e Bullying (comentários e comportamentos que intimidam).
Os resultados revelaram que o grupo que sofreu agressão física durante a infância foi mais associado a maiores riscos de ideação suicida e tentativas; enquanto o que sofreu com comentários e comportamentos intimidadores foi associado ao aumento de ideação, planos, tentativas e, até mesmo, início desses planos.
“A prática de bullying tem implicações psicossociais à longo prazo nas vítimas, incluindo a ideação ao suicídio. A atenção redobrada para esses comportamentos na infância, pode obter intervenções para a diminuição do risco de suicídios em soldados do exército dos Estados Unidos”, concluem os autores.
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Referência: Campbell-Sills L et al. Associations of childhood bullying victimization with lifetime suicidal behaviors among new U.S. Army soldiers. Depress Anxiety 2017
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