Certas atitudes das crianças, como, por exemplo as escolhas alimentares, suas preferências, a aceitação, quantidade e tipo dos alimentos que são ingeridos e a neofobia – repulsa ao que é novidade -, causam grande preocupação e estresse aos pais. Mas que estratégias têm sido utilizadas para mudar o comportamento alimentar dos pequenos? Seus efeitos têm sido demonstrados experimentalmente? Para responder a essas perguntas, uma revisão publicada na revista Appetite avaliou 120 estudos experimentais, agrupados em 11 tópicos: controle parental, recompensas, facilitação social, programa de culinária, hortas escolares, educação sensorial e nutricional, disponibilidade e acessibilidade, escolhas alimentares e encorajamento, preferência por marcas e embalagens de alimentos, modo de preparo dos alimentos e escolhas oferecidas. Ficou claro que o uso de estratégias como forma de manipular o comportamento alimentar, não é adequado. Abordagens práticas, como, por exemplo, jardinagem e culinária, encorajam o aumento no consumo de vegetais e podem ter um efeito melhor na educação nutricional das crianças, conclui a equipe de Patricia De Costa. "Deixar frutas e legumes mais visíveis e acessíveis para a criançada, mostrou um resultado positivo no comportamento alimentar a longo prazo", esclarecem os autores. São necessárias mais pesquisas para avaliar como o sabor e a palatabilidade podem afetar positivamente ou negativamente as atitudes das crianças e seu comportamento alimentar" , completam.
Referência:
Patricia DeCosta, PerMoller, Michael Bom Frost, Annemarie Olsen.Changing children's eating behaviour - A review of experimental research. Appetite. Vol.113, 1 June 2017, Pages 327–357 (FREE)
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