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Um pouco de febre faz bem para a criança?

Foto do escritor: NutrociênciaNutrociência

Por Mauro Fisberg

7 fev 2017, 11h06 - Publicado em 12 nov 2016, 13h00

Há milênios a febre assusta o homem, e desde os primórdios da existência do ser humano na Terra, a temperatura do corpo está associada a doenças graves, sofrimento e mortalidade. Se na época das grandes epidemias a febre era um sinal de muita gravidade, hoje temos um melhor entendimento de que ela é um aviso do corpo, uma resposta a alguma coisa, e mesmo uma forma de defesa contra alguns organismos. Talvez por causa das grandes epidemias e também porque a elevação excessivamente rápida da temperatura esteja associada ao risco de convulsões, a febre continua como um pesadelo que precisa ser mais bem entendido. Na pediatria, a febre assusta bastante os familiares, e muito poucas vezes eles são orientados adequadamente como proceder. É importante lembrar inicialmente que cada pessoa responde à temperatura, a processos infecciosos e metabólicos de forma diferente. O corpo humano tem temperatura variável, que pode oscilar entre 35,7°C e 37,5° C, em diferentes momentos. O modo pelo qual a temperatura é medida também é importante. No Brasil, por exemplo, costuma-se fazer a medição na região axilar (debaixo dos braços, enquanto emoutros países se mede a temperatura bucal ou mesmo anal. Nesses casos, a temperatura costuma ser até meio grau superior à da região das axilas.


O que é a febre A febre é um aumento de temperatura do corpo, quase sempre em resposta à variação da temperatura ambiental, adaptação ao volume de roupas, na presença de qualquer inflamação ou de uma infecção. Pode ser de muito curta duração (quase sempre de causa menos complexa) ou pode ser prolongada (e que necessita ser investigada). A febre sozinha poucas vezes ocorre, e pode ser um sinal de que alguma coisa ainda vai se manifestar no nosso corpo, de um simples resfriado a alguma doença mais grave. O mais importante é ter calma e verificar o estado geral da criança. Quanto menor ela for, maior a atenção (devemos lembrar que no bebê a temperatura baixa também é importante para ser avaliada). Veja sempre como a criança está… Apesar da febre ela continua brincando? Está de bom humor? Come? Dorme tranquila? Tem coriza ou tosse? Existem manchas no corpo? Tudo isso permite já estabelecer alguma conduta. Os pediatras pedem usualmente que se observe a criança por pelo menos 48 horas, para verificar se a temperatura não é alta, se o estado geral é bom e não há nada mais que chame atenção. Medidas de resfriamento do corpo podem incluir a retirada do excesso de roupas, banhos mornos (não usamos o resfriamento abrupto na maioria dos casos), e, dependendo do estado geral, a utilização de algum antitérmico. O arsenal de medicamentos varia muito, sendo que a maioria dos antitérmicos tem função anti-inflamatória ou analgésica também. Mesmo sob a forma de gotas, xaropes e soluções devem ser utilizados com orientação médica, pelo risco de efeitos colaterais, doses inadequadas ou excessivas, e até intoxicação.

A intensidade da febre não tem necessariamente relação com a gravidade do processo. Sabemos que, em crianças menores de 6 meses, qualquer temperatura inadequada deve ser rapidamente avaliada. No entanto, temperaturas muito altas, acima de 39° C, aparecem em infecções virais (por exemplo sarampo, varicela) ou bacterianas (as amigdalites causam temperatura elevada. Da mesma forma, temperaturas baixas, mas por períodos prolongados, devem ser avaliadas cuidadosamente pois podem indicar desde infecções de vias aéreas escondidas, como a sinusite, até doenças mais graves. A temperatura elevada não ocasiona convulsão exceto em pessoas geneticamente propensas, ou com tendência a atingir temperatura alta rapidamente. A convulsão febril é relativamente frequente em alguns grupos familiares, assusta, mas na maioria das vezes tem excelente prognóstico. E não deve ser confundida com uma infecção acompanhada de convulsão, que precisa sempre ser diagnosticada com urgência.

O mais importante é ter orientação… Converse com seu pediatra como proceder quando houver febre, que tipo de conduta ele gostaria que você fizesse em casa, na escola, se há necessidade de medicar ou não e quando buscar ajuda. Se você tiver recebido essa orientação prévia, na próxima febre você estará muito mais tranquilo com a saúde de seu filho.



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