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7 respostas sobre cuidados com recém-nascidos.

Especialistas respondem às maiores dúvidas de quem acaba de chegar em casa com um bebê nos braços.


1. Como combater as cólicas do meu filho? Tem alguma medicação promissora vindo por aí? A cólica é uma consequência da imaturidade do sistema digestivo da criança. A amamentação é um forte aliado, já que o leite materno é digerido com maior facilidade. Para aliviar o desconforto, na hora da dor, você pode fazer massagens na barriga do bebê (ajuda a eliminar os gases), aquecer o abdômen com uma fralda ou outro pano morno, deitar a criança de bruços sobre o seu peito ou antebraço. Um estudo do Instituto de Pesquisa Infantil Murdoch (Austrália) mostrou que um tipo de probiótico chamado Lactobacillus reuteri (L reuteri), comum em certos tipos de iogurte, por exemplo, também pode atenuar a cólica. No entanto, medicamentos à base dessa substância só devem ser usados com indicação médica.


2. A alimentação da mãe pode causar cólicas também? Algumas mulheres, de fato, observam que certos alimentos (feijão, brócolis, comidas gordurosas) favorecem o surgimento do sintoma. Mas a cólica acontece quase com todos os bebês, sendo assim, observe se algo específico que você comeu surtiu efeito no seu filho. De resto, mantenha um cardápio equilibrado – a composição da sua dieta, aliás, tem efeitos sobre a flora intestinal do bebê, de acordo com pesquisa publicada no ano passado na revista Microbiome (EUA).


3. Qual o melhor jeito de limpar o umbigo do recém-nascido? Por ser uma porta de entrada fácil para germes, o coto umbilical deve ser higienizado diariamente. No banho, lave a região com água e sabão. Em seguida, no trocador, seque-a com uma toalha, sem esfregar. Por último, passe uma haste flexível umedecida com álcool a 70% sobre o umbigo. Se notar algum inchaço, vermelhidão, secreção ou mau cheiro, avise o pediatra.


4. Quando o meu bebê já pode sair para passear comigo? O ideal é que ele fique os primeiros 30 dias em casa e receba poucas visitas nesse intervalo. Bebês que nasceram a termo, com peso ideal, estão liberados a partir daí, especialmente se o clima estiver agradável. Já os prematuros e/ou que nasceram com baixo peso, precisam do sinal verde do pediatra, que pode variar conforme a situação.


5. Como proteger meu filho das temidas assaduras? A medida mais eficaz para evitar a chamada dermatite de contato é trocar as fraldas com frequência para evitar que a criança fique suja por muito tempo – a presença do xixi e do cocô favorece a irritação da pele. É importante, ainda, higienizar a região – sempre que possível com algodão e água morna e, se ela fez cocô, lavar com água e sabão. Em seguida, é bom aplicar uma pomada contra assaduras indicada pelo pediatra.


6. Com que frequência devo levar meu bebê ao pediatra? A primeira consulta deve acontecer logo após a primeira semana de vida. A partir daí, mensalmente, até ele completar 6 meses. E dos 6 aos 12 meses, ela pode se tornar bimestral, caso o desenvolvimento esteja normal. Entre 2 e 5 anos, uma vez por semestre e, a partir dos 5 anos, uma vez ao ano.


7. Faço tudo com o meu filho no sling. Tem risco para ele? Não. Desde que o bebê esteja em uma posição confortável, com o nariz e a boca descobertos e a cabeça apoiada (no caso dos menores de 3 meses), tudo bem. O tecido nunca deve fechar totalmente em torno dele, pois assim você pode checá-lo com frequência. A prática favorece o vínculo, previne cólicas e ainda permite que os pais fiquem com as mãos livres.


Especialistas consultados: Ana Maria Escobar, pediatra e colunista da CRESCER, autora de Boas-vindas, Bebê - Volumes 1, 2 e 3 (Principium Editorial) | Carlos Eduardo Correa (Cacá, pediatra e neonatologista do Espaço Nascente (SP) | Daniel Becker, pediatra do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e autor do site Pediatria Integral | Gustavo Moreira, neuropediatra especializado em medicina do sono, presidente do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) | Isabella Balalai, pediatra infectologista, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) | Janáira Fernandes Severo Ferreira, alergista e imunologista pediátrica, do Hospital Infantil Albert Sabin (CE) | Marina Buarque de Almeida, pneumologista pediátrica, coordenadora do Departamento de Pneumologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) | Mauro Fisberg, pediatra e nutrólogo, coordenador do Centro de Nutrologia e Dificuldades Alimentares do Instituto Pensi, do Hospital Infantil Sabará (SP) | Moisés Chencinski, pediatra e homeopata, presidente do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Paulista de Pediatria | Renata Waksman, pediatra do Departamento Científico de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) | Renato Luiz Valério, pediatra do Hospital Pequeno Príncipe (PR)

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