O estudo feito com crianças reforça os riscos que objetos como almofadas, cobertores, colchões macios, travesseiros e vãos entre o colchão/sofá e a parede podem trazer incidência de mais de 40% dos óbitos por asfixias ou estrangulamentos acidentais durante o sono.
A fim de reunir indícios de situações que potencializam as mortes durante o sono – objetos, posição e local - Christopher Gaw e sua equipe, investigaram mais de 1.700 casos de óbitos registrados no banco de dados da Comissão de Segurança de Produtos de Consumo dos Estados Unidos entre 2000 e 2012. O estudo foi publicado na Academic Pediatrics. Resultado: Idade média da morte foi de 3,8 meses. Os bebês menores de 5 meses representaram 67,3% das mortes relatadas. Locais mais comuns onde ocorreram acidentes: berço (30,6%), cama dos pais (23%), sofá ou cadeira (19%). A posição de bruços (43%) e crianças posicionadas em cima de objetos (26%) foram as posições mais associadas à mortes. Os objetos mais comuns associados ao sufocamento durante o sono foram travesseiros (24,5%), colchões (21%), mantas (13,1%), e paredes (11,5%). Os bebês foram frequentemente encontrados entre colchão e parede (30,2%), posicionados de rosto para baixo ou inclinados em cima de uma travesseiro (52,2%).
“É complicado discutir com os pais sobre a forma correta de colocar a criança para dormir, visto que ainda utilizam crenças sociais, orientações populares, orientações de amigos e familiares, palpites – muitos pais e cuidadores continuam recheando o berço de acessórios. Todo cuidado é pouco para evitar acidentes – com o local, a posição e os objetos utilizados.” esclarecem os autores.
Referência: Gaw CE et al. Types of objects in the sleep environment associated with infant suffocation and strangulation. Acad Pediatr 2017 Jul 16.
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