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Isolamento social e crianças com autismo

Por Denise Mendes, Psicóloga – Especialista em Psicossomática e Psicoterapia Breve


Imagem autorizada pelos pais Pâmela Meireles e Rodrigo Gouveia
Imagem autorizada pelos pais Pâmela Meireles e Rodrigo Gouveia

Abril é o mês da Conscientização do Autismo e tem o seu marco mundial no dia dois.


O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado pelas dificuldades na interação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos. O TEA pode ser classificado em níveis que vão de leve à grave, conforme o grau de dependência e/ou necessidade de suporte.

Qual o impacto do isolamento?

A rotina é muito importante na infância, porém para as crianças com autismo ela é fundamental. As crianças com autismo necessitam de uma previsibilidade no seu dia a dia. É importante ter uma antecipação dos acontecimentos, pois isso faz com que elas se sintam seguras.

O isolamento social provocado pelos últimos acontecimentos trouxe uma quebra na rotina dessas crianças, situação que pode levá-las à desorganização e desconforto, e isso pode gerar crises.

A Acompanhante Terapêutica de crianças com autismo e mãe de uma criança também autista, Pâmela Meireles, nos relatou que para amenizar esses efeitos em casa ela tenta manter o máximo da rotina pré-estabelecida antes do isolamento. Para isso, ela mantém os horários de acordar, dormir e das refeições. Ela também destaca que trabalha com a previsibilidade do que será realizado durante o dia, como as brincadeiras e as atividades escolares. Vale salientar que essa rotina deve ser criada sem cobranças excessivas, pois esse período já trás consigo os seus pesos.

Dicas para reduzir esses impactos

Uma das formas mais comuns de iniciar a organização de uma rotina é através de figuras ou fotos com as atividades diárias. Essa comunicação facilita na memorização das atividades que serão realizadas e auxilia no momento em que é necessário fazer alguma mudança na rotina pré-estabelecida.

Crianças com autismo costumam gostar de atividades sensoriais e motoras e essas atividades desempenham funções significativas no desenvolvimento das habilidades cognitivas, sensoriais, motoras, emocionais e sociais. Por esse motivo, recomendamos atividades que estimulem o contato visual e a interação social dentro de casa como bolinha de sabão, pega-pega, cócegas e brincadeiras com água que costuma acalmá-los. Podem ser usados nas atividades materiais como massinha, utensílios que já temos em casa como pregadores, potes e materiais de diversas formas e formatos para que o estímulo seja mais prazeroso. Outra dica legal é inseri-los nas atividades de casa, os estimulando na hora de fazer comida, servir a mesa, lavar a roupa, sempre adaptando e respeitando as limitações de cada criança.

E se mesmo com todo esse preparo a criança tiver crises e momentos de desestruturação, a dica é respeitar o tempo da criança. Fazer o possível para deixar o ambiente tranqüilo e silencioso para que ela se reorganize. Conversar sobre o que está acontecendo e passar segurança. A paciência, a persistência e o amor é o que nos ajudará a passar por esse momento.

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