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O Lanche Real e o Lanche Ideal das Crianças.

Dr. Mauro Fisberg e equipe Nutrociência

Sabe-se que a hora do lanche é estratégica para incluir nutrientes essenciais para o desenvolvimento infantil. Trata-se de um momento em que o cardápio pode ser organizado e planejado para garantir que a alimentação seja a mais equilibrada desde os primeiros anos de vida.

Aliás, é preciso distinguir lanchar de beliscar, sendo esse último o consumo de itens entre as refeições, mas sem nenhum critério ou planejamento. Beliscar é algo ocasional, que acontece de acordo com a oportunidade.

Com o intuito de conhecer a composição dos lanches feitos pelas crianças brasileiras, nossa equipe da Nutrociência, juntamente com outros médicos, nutricionistas e outros experts, tanto da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), quanto da Danone Research, desenhamos o estudo Nutri-Brasil Infância 2.

Entre os achados, observamos que:

- as crianças consomem, em média, 2,9 alimentos no lanche. Muitas vezes há mais de uma fonte de carboidrato, por exemplo. Não é raro ver um bolinho junto de biscoito recheado na mesma lancheira.

- os lanches do período da tarde tendem a ser mais indulgentes, isto é, há uma quantidade maior de doces, balas, entre outras guloseimas açucaradas. Portanto, especialmente nesse período, o desequilíbrio nutricional é evidente.

- os produtos lácteos aparecem mais nos menus vespertinos. Também há maior prevalência de alimentos enriquecidos com ferro à tarde.

- os lanches do período da manhã costumam ser mais balanceados. Aqui o que se nota é que, em muitos casos, eles substituem o desjejum.

- em relação à ingestão de sódio, notamos que a turma mais velha, com idades entre 7 e 11 anos, consome o dobro da quantidade dos menores. E, em ambas as faixas, notamos um exagero, o que é preocupante já que o excesso do mineral é associado a diversos males.

- quanto ao açúcar, outra vez, o estudo revela consumo excessivo. Nossa análise mostra que as crianças ingerem 4 vezes o que é recomendado para a hora do lanche.

Diante desse quadro, é preciso trabalhar para que os lanches passem a ser mais adequados. Um bom planejamento é fundamental. A orientação, desde a primeira infância, é sempre a melhor atitude. É importante ensinar pais e cuidadores e, claro, mostrar para os pequenos que a merenda é uma aliada na construção de hábitos saudáveis.

Trata-se do momento perfeito para a ingestão de lácteos, as melhores fontes de cálcio. Também é uma excelente ocasião para oferecer frutas. É preciso acabar com temores de que elas não são práticas e se estragam com facilidade. Basta lançar mão de embalagens térmicas e acondicionar em potes bem tampados, longe de luz, para evitar a oxidação. Retirar da geladeira minutos antes de mandar é uma boa estratégia.

E, o nosso recado de sempre, não deve haver proibições. O que vale é o equilíbrio. Dá para incluir biscoitos e chocolate dentro de um menu com o devido espaço para frutas, por exemplo.


O lanche ideal deve ser composto da seguinte maneira:

  • 1 fonte de carboidrato

O nutriente que garante disposição está nos pães, biscoitos integrais, bolos caseiros ou produtos com menor quantidade de açucares.

  • 1 fruta

Vale variar sempre para não cair na monotonia. Mas as mais práticas são as fáceis de descascar, caso da banana e da mexerica. Podem ser frutas picadas ou inteiras.

  • 1 fonte de proteína

Bebidas lácteas, queijos e iogurtes oferecem proteína e cálcio. Só é preciso ter cuidado com a refrigeração. No entanto, estes produtos aguentam bem o período escolar sem perdas e sem estragar.

  • 1 bebida

Para ajudar na hidratação a água é indispensável. Também vale apostar em sucos naturais sem adição de açúcar.


E, o nosso recado de sempre, não deve haver proibições.

O que vale é o equilíbrio.


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